quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Religiosidade

A palavra ata-me ao mundo
Torna-me irmã até mesmo do mais imundo
dos homens, porque o meu começo,
e o dele, foi o verbo, berço
de toda criatura
cuja amargura não tem endereço.

Quando leio um poema de Drummond
Essa é minha oração, o meu alento
É como se Deus dissesse:
"Não te aflijas, meu rebento!
Há esperança!"
(Uma flor nasceu na rua! É feia, mas é uma flor!)
Que Alegria!

Então sei que Ele existe
Faz do poeta seu sacerdote
a transpor o limite do sagrado
pois mostra-nos, em sua ode,
Amor divino disfarçado
em poesia.

Um comentário:

Yan Venturin disse...

Não estou conseguindo formular um comentario digno dessa poesia mas queria deixar registrado que achei ela linda.
Me abriu sorrisos que pareciam impossiveis no meio do caos que se encontra a cidade um dia maravilhosa.
Ainda bem que ainda conseguimos ter fé para acreditar que um dia tudo isso vá mudar.
Obrigado Carol, Beijos.